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MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E O SISTEMA LÍMBICO - artigo cientifico

MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E O SISTEMA LÍMBICO                                               Carla Helena Gräff ¹                       ...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Propostas pedagógicas – Adaptações curriculares


         Propostas pedagógicas – Adaptações curriculares

         Para que o atendimento escolar de alunos com deficiência seja possível no ensino regular, deve haver a tomada de consciência e a disposição de participação no processo por parte dos vários sujeitos envolvidos (pais, crianças, professores, gestores, etc.).
         Sugere-se que nas escolas a avaliação seja processo contínuo e compartilhado, reservando-se espaços constantes para que os professores se encontrem, em relações dialógicas, para avaliar e aprimorar suas práticas, para analisar as necessidades educacionais especiais de alunos, trocando sugestões e buscando alternativas para o enfrentamento das dificuldades existentes.
         Ao apoio pedagógico individualizado aos alunos com necessidades especiais / com deficiência na escola inclusiva deve corresponder uma prática de avaliação. É importante a prática da avaliação que considere os processos e ritmos de desenvolvimento e da aprendizagem e que priorizem os relatos descritivos.
         Na passagem de séries e níveis é importante preservar o potencial social e também pedagógico de um grupo de alunos (com alunos incluídos) que já tenha desenvolvido uma dinâmica própria de interação.
       É importante cultivar a cultura do intercâmbio entre os professores das séries iniciais (1ª a 4ª) e das demais séries do Ensino Fundamental (séries finais), no que tange aos alunos com necessidades especiais que transitam (progridem) entre as séries. Isto é muito importante no sentido de garantir a continuidade ao atendimento pedagógico diferenciado de que necessitam.

        
Propostas curriculares
 
       Pode-se pensar na formulação do currículo para alunos com necessidades educacionais especiais numa base comum aos demais alunos, já que o princípio da educação inclusiva é não alijar ninguém das condições gerais de progressão escolar. O currículo não sofre alteração fundamental, porém as características de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais são, sem dúvida, levadas em conta.
         As necessidades especiais revelam que tipos de estratégias, diferentes das usuais, são necessárias para permitir que todos os alunos, inclusive as pessoas com deficiência participem integralmente das oportunidades educacionais, com resultados favoráveis, dentro de uma programação tão normal quanto possível.
       Para atender ao conjunto de necessidades especiais do alunado, Adaptações Curriculares podem se mostrar necessárias em três diferentes níveis do planejamento educacional:
       Plano Municipal de Educação e Projeto Pedagógico (do Município e da Unidade Escolar);
       Plano de Ensino (Planos de Estudos)
       Programação Individual de Ensino – são adequações de acesso ao currículo (por exemplo, ensino de libras e de braile, tecnologias assistivas, etc) e nos elementos curriculares.
       Encontramo-nos, hoje, diante da necessidade da busca de maiores possibilidades para a construção e o acompanhamento dos processos de criação, levando a autoria das escolas diante dos desafios que se colocam, implicando em uma maior flexibilidade organizacional e curricular, que sustente a proposta de inclusão.

         O olhar para a individualidade e as necessidades específicas de cada aluno pressupõe a definição de objetivos, dos métodos e da avaliação, sem que isto implique em uma facilitação do ensino ou a criação de um currículo à parte para os alunos com necessidades educacionais especiais.
         Para Vygotsky a sociogênese é fundamental para o desenvolvimento infantil e humano em geral. A condição para que a criança passe por transformações essenciais, que a tornem capaz de desenvolver estruturas humanas fundamentais, como as do pensamento e a linguagem, apóia-se na qualidade das interações sociais em seu grupo (família, escola regular, escola especial).
       Adaptação dos Objetivos Pedagógicos: ajustes nos objetivos pedagógicos, priorização de determinados objetivos, acréscimo de objetivos específicos complementares e/ou alternativos.
       Adaptação de conteúdos: priorização de tipos de conteúdos, a priorização de área ou unidades de conteúdos, a reformulação na seqüência de conteúdos ou ainda, a eliminação de conteúdos secundários para enfoque mais intensivo e prolongado a conteúdos considerados básicos e essenciais no currículo, reforço da aprendizagem e retomada de determinados conteúdos para garantir o seu domínio e a sua consolidação. 
       Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática: ajuste ou modificação de procedimentos para ensino dos conteúdos curriculares, introdução de atividades alternativas, introdução de atividades complementares que requeiram habilidades diferentes ou a fixação e consolidação de conhecimentos já ministrados, alteração do nível de abstração oferecendo recursos de apoio, seleção e adaptação de materiais, alteração do nível de complexidade das atividades.
       Adaptação do Processo de Avaliação: seja por meio da modificação de métodos, de técnicas, assim como dos instrumentos utilizados.
       Adaptação da Temporalidade do Processo de Ensino e Aprendizagem: aumento ou diminuição no tempo previsto para o trato de determinados objetivos e os conseqüentes conteúdos e para a realização das atividades


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