Os sete saberes necessários para a educação do futuro
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Edgar Morin
“É necessário aprender a navegar
em um oceano de incertezas através de
arquipélagos de certeza".
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A educação atual tem grandes obstáculos para
avançar. E por isso nossos esforços por uma melhor
educação não prosperam.
A educação do futuro deve considerar
os saberes que são normalmente
Introdução
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ignorados na educação atual.
Devemos considerar que o conhecimento é uma interpretação limitada
Dos nossos sentidos: a visão, a audição, o tato, o olfato.
A realidade e seu conhecimento sofrem uma reconstrução contínua a
medida que nossas ideais evoluem.
As cegueiras do conhecimento:
O erro e a ilusão
O primeiro saber:
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Algumas vezes as ideias podem converter-se em “religiões” e nos
fechamos a sua interpretação e novas idéias.
E assim como existem seres humanos falsos ou verdadeiros, também
existem ideias verdadeiras ou falsas.
Carregamos idéias que cremos que sejam imutáveis, mas não são.
Devemos nos abrir a novas idéias, em
conjunto, e não nos fecharmos a crer
cegamente nas idéias aceitas ou
antigas.
Conclusão
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Fragmentamos nosso conhecimento em áreas específicas, mas não temos
a visão do todo.
É necessário ter em conta o contexto dos conhecimento para que tenham sentido.
O ser humano é complexo e multidimensional porque é ao mesmo tempo biológico,
psíquico, social, afetivo, racional. O conhecimento para que seja pertinente deve
Os princípios do conhecimento
pertinente
O segundo saber:
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reconhecer isto.
É necessário enfrentar a complexidade, é reconhecer que as partes são
interdependentes de um todo.
A aprendizagem por disciplinas impede de ver o global e o essencial e dilui a
responsabilidade individual na resolução de problemas.
“Não se pode conhecer as partes sem conhecer o todo, nem o todo sem
Conhecer as partes”. Blaise Pascal
Devemos desenvolver a inteligência para
resolver problemas utilizando o conhecimento de
uma maneira multidimensional, tomando em
conta a complexidade, o contexto e com uma
percepção global.
Conclusão
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Nos esquecemos que cada indivíduo possui uma identidade que deve ser
respeitada.
Nossa identidade individual, associada a nossa identidade como especie e a
identidade social constituem um trinômio proprio da realidade humana.
Existe uma unidade humana e uma diversidade humana ao mesmo tempo.
De um lado a unidade de os traços biológicos do Homo Sapiens, e por
Ensinar a condição humana
O terceiro saber:
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outro uma diversidade psicológica, cultural, social. Compreender o
humano significa entender sua unidade na sua diversidade e sua diversidade
na unidade.
“Carregamos os elementos genéticos de nossa diversidade”. Edgar Morin
Somos indivíduos, espécie e sociedade ao mesmo tempo.
Devemos entender que o destino dos seres humanos têm
a faceta do destino da espécie humana, do destino
individual e social entrelaçados e inseparaveis e que
temos um destino e uma condição comum como
cidadãos da terra.
Conclusão
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O destino planetário dos seres humanos é uma realidade chave,
Até agora ignorada pela educação.
As sociedades vivem isoladas esquecendo que habitam na mesma
“residencia terrena”.
Destruimos nosso planeta e a nos mesmos porque não entendemos a
A identidade terrena
O quarto saber:
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condição humana nem temos uma consciência de interdependencia que
nos ligue a nossa Terra, considerando-a como a primera e última Pátria.
“O mundo está cada vez mais devastado pela incompreensão”. Edgar Morin
Devemos ensinar sobre a grave crise planetária
que marcou o século XX mostrando que todos os
seres humanos, de agora em diante, possuem os
mesmos problemas de vida e de morte, e que
compartilhamos um destino comum.
Conclusão
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As ciências nos tem dado muitas certezas, mas também tem revelado muitas
incertezas.
A incerteza histórica, o inesperado e a instabilidade é irremediavel na
historia humana.
Temos que aprender a enfrentar a incerteza cerebro-mental, lógica, racional,
psicológica. Nossa sinceridade não garante certeza; existem limites para o
conhecimento.
É necesário aprender a navegar em um océano de incertezas através de arquipélagos
Enfrentar as incertezas
O quinto saber:
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de certeza.
Saibamos confiar no inesperado e trabalhar para o improvável.
“O esperado não se cumpre e para o inesperado um deus abre a porta”. Eurípides
A incerteza é parte da vida e devemos aprender que o conhecimento não é mais
que nossa idéia da realidade.
Deve-se desenvolver um pensamento que
reconheça e enfrente a incerteza do nosso tempo
e ensine princípios de estratégia que nos
permitam enfrentar os riscos e modificar seu
desenvolvimento em virtude das informações.
Conclusão
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O planeta necessita de compreensões mútuas em todos os
sentidos para sair de nosso estado bárbaro.
O estudo da incompreensão desde suas raízes é uma aposta
para a educação para a paz.
Cremos que somos o centro do mundo e tudo o que é estranho
Ensinar a comprensão
O sexto saber:
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ou diferente é secundário, insignificante .
A comunicação sem compreensão se reduz a palavras. A
verdadeera mundialização chegará quando formos capazes
de nos compreendermos.
A educação do futuro deve
focar seus esforços no sentido de
ensinar a compreender e a tolerar.
Conclusão
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A democracia e a política devem estar direcionadas a solidariedade e a
igualdade.
A ética não se ensina com lições de moral. É a consciência de que o
humano é indivíduo e ao mesmo tempo parte de uma sociedade e uma
espécie: uma tríplice realidade.
A especialização do conhecimento mutila a possibilidade de uma visão
A ética do gênero humano
O sétimo saber:
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global e pertinente e produz regressão democrática. Somente os experts
decidem a aplicação do conhecimento.
A Humanidade é um conceito ético: é o que deve ser realizado por todos e
cada um.
A comunidade de destino terrestre nos impõem a
solidaridade.
A educação deve contribuir para uma
tomada de consciência de nossa Terra-
Pátria e também para que esta consciência
se traduza na vontade de realizar a
cidadania planetária.
Conclusão
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