ORIENTAÇÕES PARA A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA OFERTA DO
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE em Salas de Recursos
Multifuncionais, implantadas nas escolas
regulares
NOTA TÉCNICA – SEESP/ GAB/ N.11/2010
Data: 7 de
maio de 2010
• “A
educação inclusiva, fundamentada em princípios filosóficos, políticos e legais
dos direitos humanos, compreende a mudança de concepção pedagógica, de formação
docente e de gestão educacional para a efetivação do direito de todos à
educação, transformando as estruturas educacionais que reforçam a oposição
entre o ensino comum e especial e a organização de espaços segregados para
alunos público alvo da educação especial.”
— “Nesse
contexto, o desenvolvimento inclusivo das escolas assume a centralidade das
políticas públicas para assegurar as condições de acesso, participação e
aprendizagem de todos os alunos nas escolas regulares, em igualdade de
condições”.
“Na perspectiva da
educação inclusiva, a educação especial é definida como uma modalidade de
ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza
recursos e serviços e realiza o atendimento educacional especializado – AEE de
forma complementar ou suplementar à formação dos alunos público alvo da
educação especial”.
• “A
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(2008), tem como objetivo garantir o acesso, a participação e a aprendizagem
dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades / superdotação na escola regular, orientando para a
transversalidade da educação especial, o atendimento educacional especializado,
a continuidade da escolarização, a formação de professores, a participação da
família e da comunidade, a acessibilidade e a articulação intersetorial na
implementação das políticas públicas”.
— Atendimento Educacional
Especializado - AEE
• É
um serviço da Educação Especial, de caráter complementar ou suplementar,
voltado para a formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, considerando as suas
necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação
nas atividades escolares. Ele perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino, sem substituí-los, garantindo o direito de todas as crianças e jovens à
educação escolar comum. O AEE é realizado no turno inverso ao da sala de aula
comum.
— Salas de Recursos Multifuncionais
• São
espaços localizados nas escolas de educação básica onde se realiza o
Atendimento Educacional Especializado (AEE). Elas são constituídas de
mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e
equipamentos específicos e de professores com formação para realizar o AEE.
— Censo escolar /2010
— Deficiência física
— Surdez
— Deficiência Auditiva
— Deficiência Mental
— Deficiência
Visual:Cegueira e Baixa visão
— Surdocegueira
— Deficiência Múltipla
— TGD
(Transtorno Global do Desenvolvimento) – Autismo Clássico
— TGD – Síndrome de Asperger
— TGD – Síndrome de Rett
— TGD
/ Transtorno Desintegrativo da Infância (Psicose Infantil)
— Altas Habilidades / Superdotação
— Deficiência Física



— Deficiência Física
• A
espinha bífida consiste numa série de malformações congênitas que
apresentam em comum, e como característica fundamental, uma fenda da coluna
vertebral resultante do encerramento anormal do tubo neural por volta dos 28
dias de gestação ou, segundo outra teoria, de uma ruptura posterior ao
encerramento do tubo.
• Por paralisia cerebral define-se um
grupo de afecções caracterizadas pela disfunção motora, cuja principal causa é
uma lesão encefálica não progressiva, que acontece antes, durante ou pouco
depois do parto. É uma perturbação complexa que compreende vários sintomas, a
saber: alteração da função neuromuscular com déficit sensoriais (audição,
visão, fala, etc.) ou não, dificuldades de aprendizagem com déficit intelectual
ou sem ele, e problemas emocionais.
— Surdez e Deficiência Auditiva
• Deficiente
Auditivo: apresenta restos auditivos e, através do aumento do volume do som
e ensino de articulação da voz, possui uma identidade “ouvinte”. O sujeito DA
não está na cultura surda, não usa a língua de sinais, não requer
intérpretes...
• Surdo: é uma questão de Identidade. O surdo está
na cultura Surda, utiliza LS como forma de comunicação e expressão, sua
comunicação é visual e usa o intérprete como mediador na comunicação com
ouvintes que não conhecem a LS.
— Deficiência Mental
• estado
de redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à
média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento
adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência domésticas, habilidades
sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança,
aptidões escolares, lazer e trabalho.
•
A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sociocultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas.
A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sociocultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas.
• Todos
os aspectos devem ocorrer durante o desenvolvimento infantil para que um
indivíduo seja diagnosticado como sendo portador de deficiência mental.
— Deficiência Visual
•
é um termo utilizado para identificar, de
maneira geral, pessoas que apresentam alterações na estrutura ou
funcionamento do sistema visual, qualquer que seja sua natureza ou
extensão. Essa alteração é compreendida como uma limitação da capacidade de
ver, pois ainda que com a melhor correção óptica ou tratamento possíveis, interferem
na aprendizagem realizada através da visão. Nesse grupo estão incluídos os
portadores de cegueira e visão subnormal.
• (Política Nacional de Educação Especial,
Brasil, 1994)
— Deficiência Visual
Cegueira: Sob o enfoque educacional, a cegueira
representa a perda total ou resíduo mínimo de visão, que leva o indivíduo a
necessitar o método Braille como meio de leitura e escrita, além de outros
recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação.
- Visão reduzida (ou baixa visão): Sob
o enfoque educacional, trata-se de resíduo visual que permite ao educando ler
impressos a tinta, desde que se empreguem recursos didáticos e equipamentos
especiais, excetuando-se as lentes de óculos que facilmente corrigem algumas
deficiências (miopia, hipermetrofia etc.).
— Surdocegueira
• A
criança surdocega é portadora de características únicas, que resultam do efeito
combinado das deficiências auditiva e visual. As características clínicas que
definem a criança,do ponto de vista oftalmológico e audiológico, são
insuficientes para prever o quanto poderá se desenvolver quando imersa num
ambiente que proporcione uma estimulação adequada às suas necessidades (Cader
& Costa, 2001)
— Surdocegueira
• A
característica da interação da criança com deficiência primária no
ambiente,freqüentemente marcada pela carência de estímulos, pode desencadear um
desenvolvimento atípico, compatível com os limites impostos pela combinação das
deficiências auditiva e visual.Assim, enquanto o surdo utiliza o campo
visual-espacial como principal via de acesso às informações e ao
estabelecimento de interações com o meio, o cego utiliza o campo
auditivo-temporal (Cader, 1997). Já o surdocego necessitará aprender a utilizar
os sentidos remanescentes e/ou os resíduos auditivos e visuais para o
estabelecimento de trocas significativas e necessárias à sua participação
efetiva no ambiente.
— Deficiência Múltipla
— Associação
de duas ou mais condições que limitem o desenvolvimento normal da criança
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