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MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E O SISTEMA LÍMBICO - artigo cientifico

MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E O SISTEMA LÍMBICO                                               Carla Helena Gräff ¹                       ...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Conceitos fundamentais para o Plano de Ensino


Conceitos fundamentais para o Plano de Ensino

O desenvolvimento de uma disciplina, um curso ou um workshop, por parte do professor, requer a utilização de
um plano de ensino (plano de curso). Não há um modelo único para tal finalidade, porém sua organização de informações
segue alguns conceitos essenciais, dos quais são destacados, abaixo.
Soma-se que o plano de ensino permite ao professor estabelecer uma correlação com o Projeto Pedagógico do
Curso ou da Escola, o que permite garantir a coerência e a integração de ações da prática docente, assegurando a
unidade do componente curricular e o estabelecimento de relações com as demais áreas do conhecimento.
Entre as avaliações para a elaboração do plano de ensino, destacam-se:
a) Ter como base o conhecimento da realidade para adequar-se às necessidades e possibilidades dos alunos;
b) Ser flexível e aberto para permitir a participação de todos os interessados e possibilitar ajustes sempre que
necessário;
c) Ser exequível, ou seja, executável em um determinado tempo-duração, adequado ao perfil da turma.
Definição
É um instrumento de trabalho, amplo, genérico e sintético. Serve de marco de referência para as atividades de
ensinoaprendizagem que ocorrerão durante uma disciplina, curso, encontro, workshop entre outros.
IDENTIFICAÇÃO
São informações que garantem a identificação da disciplina, como: nome da disciplina, ano, semestre/período,
curso/turno; departamento, nome do docente responsável, carga horária.
EMENTA
A ementa deve ser discursiva e resumir o conteúdo do componente curricular. Tem por objetivo apresentar os
tópicos essenciais do componente curricular em frases nominais (frases sem verbo). Além disso, a redação deve ser
contínua, e não em tópicos. Devem-se utilizar expressões como: “estudo de....”, “análise de....”, “caracterização de....”,
“estabelecimento de relações entre....”.
OBJETIVOS
Os objetivos traduzem as intenções educativas e as metas definidas, e indicam o que se espera alcançar como
consequência do processo educativo. É importante que os objetivos apresentem coerência com as habilidades,
competências e atitudes descritas no perfil do profissional a ser formado. São estruturados por verbos que dão ideia
ampla, como: compreender, saber, atualizar, valorizar entre outros.
Os objetivos podem ser divididos em: geral e específico. Os primeiros são mais abrangentes, de longo prazo, já os
últimos, são os de curto prazo, relativos à seção de conhecimentos, habilidades intelectuais, atitudes e habilidades
motoras necessárias a uma determinada área temática; descrição das aprendizagens esperadas.
CONHECIMENTO, COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATITUDES
Conhecimento: É o pensamento que resulta da relação que se estabelece entre o aluno e o objeto a ser conhecido, os
quais são descritos no Conteúdo Programático.
Competências: É a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (ponderação, apreciação, avaliação,
saberes, capacidades, informações etc.) para decidir e tomar decisão para solucionar com pertinência e eficácia uma série
de situações. Celso Antunes (2001) diz que “competências são pedras de amolar as facas das inteligências”. Portanto
aprender não é simplesmente um armazenamento de informações e sim a capacidade de selecioná-las, com
competência, para estruturar e reestruturar sua aplicabilidade e ações.
Habilidades: Referem-se a tudo aquilo que o aluno deve aprender a fazer desenvolvendo suas capacidades intelectuais,
afetivas, psíquicas e motoras.
Atitudes: São comportamentos que o aluno apresenta diferentes daqueles que apresentava antes de passar por essa
disciplina. Por exemplo: curiosidade científica, perseverança em questionamento, responsabilidade quanto à
aprendizagem, consciência crítica frente à realidade, à profissão, aos fatos, acontecimento e teoria, valores que dá ao que
conhece, os sentimentos que experimenta diante de fatos e ideias.
AFINAL, O QUE É COMPETÊNCIA?
Guiomar Namo Mello
(Texto publicado originalmente na “Revista Nova Escola”, março de 2003)
O termo competência está na ordem do dia do debate educacional no Brasil, mas o conceito não é novo. Sempre que dizemos o
que um aluno deve aprender e o que ele deve fazer com o que aprendeu, estamos nos referindo a uma competência. Há muito
tempo, professores perseguem a constituição de competências nos alunos porque é um objetivo do ensino propiciar mudanças
que caracterizem desenvolvimento, seja ele cognitivo, afetivo ou social. Para mais bem compreender o que é competência,
podemos destacar algumas de suas características:
1. Competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos, valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada
situação. Portanto, para constatá-la, há que considerar também os conhecimentos e valores que estão na pessoa e nem sempre
podem ser observados. "Se quisermos alunos competentes, teremos de ir além do ensino para memorização de conceitos
abstratos";
2. Competências e habilidades pertencem à mesma família. A diferença entre elas é determinada pelo contexto. Uma habilidade,
num determinado contexto, pode ser uma competência, por envolver outras habilidades mais específicas. Por exemplo: a
competência de resolução de problemas envolve diferentes habilidades — entre elas a de buscar e processar informação. Mas a
habilidade de processar informações, em si, envolve habilidades mais específicas, como leitura de gráficos, cálculos etc. Logo,
dependendo do contexto em que está sendo considerada, a competência pode ser uma habilidade. Ou vice-versa.
3. Para sermos competentes, precisamos dominar conhecimentos. Mas também devemos saber mobilizá-los e aplicá-los de modo
pertinente à situação. Tal decisão significa vontade, escolha e, portanto, valores. E essa é a dimensão ética da competência. Que
também se aprende, que também é aprendida.
4. A capacidade de tomar decisões e a experiência estão estreitamente relacionadas na operação de uma competência. Tomar
uma decisão, muitas vezes, implica certo grau de improvisação, mas uma improvisação orientada pela experiência. Não é por
outro motivo que um piloto treina centenas de horas de vôo antes de ser considerado apto a comandar um Boeing. É essa
experiência que dá ao piloto condições de tomar uma decisão pertinente.
Em resumo: a competência só pode ser constituída na prática. Não é só o saber, mas o saber fazer. Aprende-se fazendo, numa
situação que requeira esse fazer determinado. Esse princípio é crucial para a
educação. Se quisermos desenvolver competências em nossos alunos, teremos de ir além do ensino para memorização de
conceitos abstratos e fora de contexto. É preciso que eles aprendam para que serve o conhecimento, quando e como aplicá-lo.
Isso é competência.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
É o conjunto de temas ou assuntos que são ministrados e estudados durante o desenvolvimento do
curso/disciplinas, em cada componente curricular. É importante destacar que a seleção e organização do conteúdo
programático se dão a partir da definição dos objetivos, da importância científica de cada assunto, articulação com
disciplinas anteriores, articulação com o Projeto Pedagógico.
ESTRATÉGIAS E RECURSOS
São os meios que o professor utiliza para facilitar a aprendizagem e para que os objetivos possam ser alcançados.
Aqui, incluem-se as técnicas de ensino, as dinâmicas de grupo, os diferentes recursos (audiovisuais, físicos, humanos etc).
AVALIAÇÃO
São as formas e os critérios de avaliação adotados pelo professor no processo de ensino e aprendizagem, bem
como permite ao professor avaliar a aprendizagem pelos alunos.
REFERÊNCIAS
Indicam as fontes das quais os estudos serão realizados.
CRONOGRAMA
Define o tempo necessário para o desenvolvimento dos conteúdos e das atividades, bem como no controle do
desenvolvimento do curso/disciplina.

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